sábado, 31 de outubro de 2009

IMPRESSÕES DE UM BOTICÁRIO DE PROVÍNCIA

NUVEM DE FUMO visto pelo blogue IMPRESSÕES DE UM BOTICÁRIO DE PROVÍNCIA, de Jorge Peliteiro.

veja em

http://www.peliteiro.com/2009/10/nuvem-de-fumo.html

JORNALISMO, QUE JORNALISMO

(…)

Na maior parte das vezes, a Gazeta de Algures apenas transcrevia e transmitia acriticamente o que dizia Ralha e os seus colaboradores. Os seus jornalistas raramente faziam uso do arquivo e da memória para evidenciar as contradições da maioria e escreviam os seus artigos como se não houvesse Passado. Concediam mais tempo de antena e mais páginas de jornal à maioria que a todos os partidos da oposição juntos. Raramente falava da substância das propostas e das reclamações da oposição, noticiando e dando ênfase apenas às reacções da maioria. Muitas vezes deturpava os factos ou omitia o outro lado das coisas, encerrando o público em raciocínios infundados e enganadores. E, para manter a ideia de dinâmicas que, na verdade, não passavam de ilusões, repetia notícias como se fossem sempre novas.
Uma tal atitude da comunicação social não tinha qualquer base ideológica. Era antes a expressão de uma subserviência funcional, a consequência da dependência financeira que se alimentava de uma relação politicamente correcta com o poder, fosse qual fosse!
Tudo isso era possível com cidadãos distraídos por circo e pão como no tempo de César. E era possível porque, ao contrário do seu anterior papel libertador, a envolvência mediática era cúmplice desse comportamento, quando não o seu mais eficaz instrumento.
(...)

in NUVEM DE FUMO

 
 
 
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terça-feira, 27 de outubro de 2009

NUVEM DE FUMO . extracto II



(…)


Ao contrário de muitos dos seus amigos, que cresceram no meio de famílias de esquerda, onde a luta pela liberdade e pela democracia se fazia conversa desinibida, Rui só muito mais tarde juntou as peças do puzzle e se iniciou no exercício da dúvida metódica aguçando o espírito em críticas cada vez mais ousadas.

Mas, se algum vazio o perpassava por não ter tido a oportunidade de acompanhar os outros na conspiração contra um regime injusto e criminoso, também experimentou o espanto de ver alguns destes mudarem de discurso, quando a oportunidade de os aproximar do poder ou de certas benfeitorias económicas lhes acenou e sorriu. Afinal, a vida ia-lhe revelando, o que, mais tarde, vários personagens deste livro tomarão como filosofia de vida, que “deus é bom, mas o diabo também não é mau”!

(…)





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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

NUVEM DE FUMO na Fnac . Norteshopping



 Na cafetaria da FNAC - Norteshopping



Depois da intervenção de J.J.Silva Garcia, que expôs as motivações que o levaram a escrever NUVEM DE FUMO, bem como os objectivos da sua publicação, seguiu-se um interessante e animado debate sobre os diversos subtemas que se podem descobrir no livro.

Na próxima 4.ª Feira, dia 28 de Outubro, pelas 23h00, NUVEM DE FUMO será apresentado no PÚCAROS BAR, à Rua Miragaia 55, em frente à Alfândega, no Porto


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domingo, 25 de outubro de 2009

NUVEM DE FUMO . extracto I




(…)

Não foi preciso um mês, muito menos dos que chegavam ao fim, para que Hilário Manso intuísse a oportunidade e convencesse o presidente a convidar o substituto de Rui para dirigir o pelouro da Cultura, que antes guardara para si próprio. O substituto inebriou-se com o sorriso do poder e a palmadinha nas costas, justificou no partido que assim teriam maior êxito junto da população, quiçá podendo vir a ganhar eleições no futuro próximo. Baldrocas e a direcção do partido concordaram vislumbrando os amanhãs que cantam, sem dar importância a uma conclusão muito mais pertinente: se o lugar no poder implicava também o afrouxar a já frouxa crítica, e, mais do que isso, o passar ao elogio do grande timoneiro, deixaria de haver projecto alternativo. E se eles próprios elogiariam Ralha, porque haveria o cidadão comum preferir as imitações?
Ninguém desconhecia quem o disse, mas cada vez lhe parecia mais evidente que quando a honra deixa de ser um valor na vida em sociedade, a vergonha não pesa nada.
(...)

in NUVEM DE FUMO, cap. 8




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NUVEM DE FUMO em Vila do Conde





NUVEM DE FUMO
de J.J.Silva Garcia




No Café Aloha, em Vila do Conde.
Depois da intervenção do representante da Editora O CÃO QUE LÊ, a apresentação da obra foi feita pelo jornalista Pinto de Carvalho, a que se seguiu um breve intervenção do autor que expressou o desejo de ver este livro entendido como um acto de cidadania.



NUVEM DE FUMO está à venda nas lojas FNAC. 
Na Póvoa de Varzim, pode ser encontrado na Livraria Graça ou na Livraia Mierva, na Rua da Junqueira e, ainda,na Livraria Papiro, no Passeio Alegre.
Em Vila do Conde, pode encontrar-se na Livraria Convívio (Av. João Canavarro), na Livraria Aluisa (Praça Luis de Camões)e na Livraria Altino (Rua 25 de Abril).




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domingo, 18 de outubro de 2009

NUVEM DE FUMO
























Em 3 de Outubro, no café Aloha, na marginal de Vila do Conde, e no dia seguinte, na FNAC Norteshopping, a Editora O CÃO QUE LÊ, apresentou o livro NUVEM DE FUMO, de J.J.Silva Garcia.



No Prefácio a Dr. Maria de Belém Roseira propõe ao leitor:


«…delicie-se com a trama bem urdida, analise-a, cultive-se com as inúmeras remissões sempre espontaneamente feitas, incorpore-as para poder mais lucidamente entender o que se passa no espaço público e interfira neste, intervindo para influenciar no bom sentido.
Assim se cresce em cidadania responsável.
Como referiu Alexis de Tocqueville “A saúde de uma sociedade democrática pode medir-se pela qualidade das funções desempenhadas por cada cidadão”.»





SINOPSE


Numa alternativa à estrutura convencional do romance, o autor desvenda os meandros do modus operandi da política autárquica corrupta e autoritária, e denuncia a caricatura da democracia que serve de nuvem de fumo ao compadrio, ao oportunismo e ao cinismo, à incompetência e à falta de uma cultura dos limites do poder, muitas vezes nutrido pela falta de uma imprensa livre e descomprometida do poder politico local.


O texto ficcional percorre as tramas que envolvem o modo como são escolhidos os candidatos e os interesses económicos que os sustentam. Denunciando o tráfico de influências e a manipulação do poder decisório que ameaça a Democracia, é, também, um quase manifesto a favor da cidade, da ecologia e do desenvolvimento sustentável, que convoca cidadãos engajados para confirmar convicções.


O motivo não é denegrir, mas provocar a reflexão sobre o exercício do Poder Local democrático, defendendo-o enquanto exercício de liberdade e de cidadania e instrumento de progresso.


É na gestão do território que acontece grande parte da corrupção, da falta de transparência, do jogo de bastidores. Um golpe imobiliário é perpetrado por um bando de colarinho branco com Horácio Cunhas no baricentro do triângulo dos interesses. Diante da falsa distracção de Baldrocas, líder da oposição, um dos vértices tem Tutimeia, o construtor do regime. O outro, Redondo, com a camisola do clube de futebol. No terceiro, a dupla Ralha e Manso que, na autarquia, dão a feição legal e aspecto democrático ao negócio.

Algures, onde tudo acontece, pode ser em qualquer parte.